O hipotireoidismo é caracterizado como uma disfunção na glândula tireoide. O problema resulta em uma queda na produção hormonal. Trata-se de uma condição mais comum e frequente em mulheres, principalmente durante a terceira idade.
Entenda mais sobre o hipotireoidismo com a leitura do artigo!
O que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo ocorre devido à queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) pela tireoide. A doença pode provocar aumento de peso, fadiga excessiva, queda dos cabelos, intolerância ao frio e ressecamento da pele. Além disso, pode trazer alterações psicológicas, inclusive depressão.
Esses sintomas nem sempre estão todos presentes, o que torna necessário pesquisar a disfunção diante de qualquer sinal. Apesar de ainda não ter sido descoberta a razão, as doenças na tireoide são mais comuns em mulheres, principalmente as que têm Tireoide de Hashimoto ou alguma disfunção autoimune.
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Com a lentidão do metabolismo, a pessoa pode engordar e inchar, mesmo sem ter tido alterações significativas na alimentação. Já os fios de cabelo começam a cair mais porque essa glândula também regula os folículos capilares. O diagnóstico e tratamento da doença são feitos, geralmente, pelo médico endocrinologista.
O hipotireoidismo pode causar algumas complicações importantes, se não for tratado. Dentre elas, problemas gastrointestinais, anemias, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, glaucoma, dislipidemia e disfunções respiratórias. Em recém-nascidos, também pode causar retardo mental, surdez e deficiência no crescimento.
Qual a diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo?
A principal diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo é que, na segunda doença, a tireoide passa a produzir hormônios em excesso e, por isso, também é chamada de tireoide hiperativa. Essa condição é mais comum em mulheres mais jovens, entre 20 e 40 anos de idade.
O que é Tireoide de Hashimoto?
A Tireoide de Hashimoto é uma doença na qual o próprio corpo ataca as células da tireoide. Essa condição, a princípio, pode não causar alterações significativas no funcionamento da tireoide, mas a maioria das pessoas acaba apresentando hipotireoidismo após algum tempo.
Essa doença tem uma incidência de 10 a 15 vezes maior em mulheres do que em homens, podendo afetar até crianças a partir dos 6 anos. A principal causa de hipotireoidismo é a deficiência nutricional do iodo, mas o problema também pode se manifestar por fatores genéticos e ambientais.
Os sintomas mais comuns são o cansaço e a baixa tolerância ao frio, mas o diagnóstico deve ser feito a partir de um exame físico e de sangue. Por isso, o indicado é procurar um médico endocrinologista assim que perceber os primeiros sinais.
Qual a melhor alimentação para quem tem hipotireoidismo?
Existem alguns alimentos que são muito indicados para pessoas com hipotireoidismo, pois possuem nutrientes que ajudam no combate à doença, como, por exemplo, o selênio. Da mesma forma, há alimentos que devem ser evitados.
De acordo com orientações nutricionais para o hipotireoidismo da Universidade Federal de Goiás (UFG), alimentos como castanha-do-pará, carnes, pescados e frutos do mar são ótimas opções para pessoas com hipotireoidismo, pois fornecem iodo e gordura de boa qualidade, além de componentes antioxidantes, que são ótimos para estimular o funcionamento da tireoide.
Alimentos como brócolis e repolho, no entanto, devem ser consumidos com moderação por conter glucosinolatos. Alimentos ricos em açúcar, ou que usam corantes artificiais e aditivos, como gelatina e biscoitos, também devem ser evitados.
O tratamento para hipotireoidismo exige o acompanhamento de um médico endocrinologista, além de dieta. Esse médico saberá avaliar melhor cada caso, orientando como balancear os nutrientes e a necessidade de medicamentos para acompanhar o paciente.
A alimentação das pessoas com hipotireoidismo também deve levar em conta que, com o metabolismo mais lento, pode existir maior facilidade em ganhar peso e ter problemas consequentes disso. No entanto, esse ganho de peso costuma ser discreto e, em muitos casos, nem ocorre.
Como acontece o diagnóstico de hipotireoidismo?
O diagnóstico de hipotireoidismo acontece após exames indicados pelo médico, que podem variar de acordo com cada caso. De acordo com os sintomas e as situações de cada um, diferentes exames podem ser indicados. Existem alguns mais comuns:
- THS: o exame é feito com a coleta do sangue, sendo o mais conhecido para detectar as doenças relacionadas ao hipotireoidismo ou ao hipertireoidismo. Os dados de THS podem variar de acordo com idade, sexo e outros fatores biológicos que são indicados (como anemia ou gravidez).
- T4 livre: o exame também é feito com a coleta de sangue e indica alterações na produção de hormônios da tireoide. Antes de realizá-lo, o médico pode indicar para o paciente a pausa em medicamentos contínuos que alterem os valores.
É sempre importante consultar o médico para saber qual exame se encaixa mais no caso e quais cuidados devem ser tomados antes da realização para um diagnóstico realmente eficiente e revelador. Além disso, o médico pode recomendar que algum desses exames seja repetido.
Sou grávida e tenho hipotireoidismo. Devo ter algum cuidado especial?
O hipotireoidismo durante a gravidez exige cuidados especiais, já que, quando essa doença não é identificada e tratada adequadamente, pode trazer complicações para o bebê e a gestante. Isso ocorre porque o bebê necessita dos hormônios tireoidianos produzidos pela mãe para que consiga se desenvolver de forma correta.
Quando há pouca quantidade dos hormônios T3 e T4, pode haver aborto espontâneo ou atraso no desenvolvimento mental do bebê. Se a mulher já tem o diagnóstico de hipotireoidismo e pretende engravidar, ela deve manter a doença bem controlada e fazer exames de sangue com frequência desde o primeiro trimestre de gestação.
É normal, também, que o médico ajuste a dose do medicamento para adequar a mesma às novas condições da mulher. O hipotireoidismo também pode surgir no primeiro ano após o parto do bebê, sendo relativamente comum que isso ocorra por volta dos três meses do nascimento do bebê. Isso pois o sistema imune da mulher sofre muitas alterações e pode passar a destruir as células da tireoide.
Na maior parte dos casos, o problema é passageiro e se resolve. Porém, algumas mulheres desenvolvem hipotireoidismo permanente e todas passam a ter maiores chances de desenvolver novamente o problema em uma outra gestação. É importante conversar com o obstetra para tirar dúvidas.
Hipotireoidismo tem cura?
Até esse momento, não há cura para o hipotireoidismo. Essa doença é crônica e, na maioria das vezes, demanda tratamento durante toda a vida, sendo necessário reposição do hormônio tireoidiano. Dessa maneira, é possível que o hipotireoidismo fique bastante controlado.
De qualquer maneira, o médico sempre irá precisar fazer o controle da medicação e pedirá exames frequentes. O app Zello Saúde é uma ferramenta excelente para armazenar todos esses exames, facilitando que o médico verifique o controle da doença ao longo do tratamento. Aproveite e faça o download agora mesmo: