Algumas doenças, como a hipertensão, são consideradas como silenciosas. Isso porque não apresentam sintomas nem possuem uma causa específica. Além disso, a hipertensão é comum no Brasil: o número de casos teve um aumento de 2,5% de 2013 até 2019. De acordo com informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), mais de 38,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais sofrem desse mal. Isso corresponde a 23,9% da nação.
Infelizmente, a quantidade de hipertensos tende a elevar em países em desenvolvimento, como o Brasil. A expectativa é de que haja um crescimento de 80% até 2025. Isso segundo estudo realizado pela Escola de Economia de Londres, Universidade do Estado de Nova York e pelo Instituto Karolinska, da Suécia. Todavia, é possível controlar essa doença. Mas, para isso, é necessário saber o que é a hipertensão e quais são os tipos existentes.
O que é hipertensão?
Hipertensão é quando há um aumento incomum da pressão do sangue enquanto circula pelo corpo. O quadro é constatado quando a pressão do paciente é igual ou superior a 140/90 por um tempo prolongado. Você deve conhecer esse número como 14 por 9. Porém, os EUA redefiniram o limite para 13 por 8, que era considerado como pré-hipertensão.
A medição é composta por dois valores. O primeiro é chamado de pressão sistólica, no caso, o 14. Isso porque ele indica a pressão no momento da sístole, que é a contração do coração. Já o 9, aponta a pressão diastólica, quando o coração relaxa. Vale ressaltar que esses processos são naturais e necessários para a circulação do sangue.
O problema de quando a pressão arterial foge da normalidade vem da necessidade do coração bombear com mais força. Isso porque há o estreitamento de artérias e vasos ao longo do corpo. Por isso, para que o sangue consiga fluir de forma eficiente, é preciso que ele ultrapasse essas obstruções. Esse aumento de força pode causar a dilatação do coração e danos às artérias.
Riscos da hipertensão
Uma das possíveis consequências dessa má circulação é a oxigenação insuficiente do coração. Isso pode ocasionar um infarto. Além disso, as artérias do cérebro, quando danificadas pela hipertensão, tornam-se mais propensas a rompimentos. Esse é o conhecido derrame ou acidente vascular cerebral (AVC).
No entanto, não são apenas esses órgãos que podem sofrer. Por exemplo, os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue de forma eficiente. Se a hipertensão não for tratada, isso pode levar a uma insuficiência renal séria. Os olhos também podem ser prejudicados, caso os vasos que irrigam a retina sejam afetados. Dessa forma, há o embaçamento da visão.
Quais os tipos de hipertensão?
A hipertensão é um problema geralmente associado a idosos. Mas eles não são os únicos a apresentá-la. Crianças, adolescentes, jovens e adultos também podem ter pressão alta. Por isso, é importante estar atento à saúde de todos os membros da família.
Além disso, é fundamental manter um histórico médico detalhado de toda a vida. Tão relevante quanto estar atento a isso, é conhecer os diferentes níveis e tipos da doença. Confira abaixo!
- Pré-hipertensão: pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg ou pressão diastólica menor que 80 mmHg;
- Hipertensão estágio 1: pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg;
- Hipertensão estágio 2: pressão sistólica acima de 140 mmHg ou pressão diastólica acima de 90 mmHg;
- Crise hipertensiva: pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg.
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Hipertensão arterial primária
A hipertensão arterial primária é a mais comum entre as pessoas. A estimativa é que, no mínimo, 85% dos casos de hipertensão sejam a forma primária. Ela consiste no aumento da pressão decorrente da vivência do indivíduo.
Sendo assim, tanto fatores genéticos quanto ambientais contribuem para o desenvolvimento desse quadro. Aqueles que têm uma vida sedentária, com maus hábitos alimentares e vícios são mais propensos a ter esse tipo de hipertensão.
Hipertensão arterial secundária
Já no caso da hipertensão arterial secundária, é consequência direta de uma doença ou trauma. Além disso, ela também pode ser provocada pelo uso de medicamentos específicos. Essa forma diz respeito a, no máximo, 15% dos casos.
Dessa forma, quando um jovem é diagnosticado com hipertensão, o médico costuma suspeitar do tipo secundário. Outro cenário provável é quando o tratamento demanda diversos remédios simultaneamente.
Como controlar a hipertensão?
Quando há suspeita ou confirmação de hipertensão, o primeiro passo a ser tomado é buscar auxílio médico. Isso é fundamental e insubstituível. Junto a isso, você pode utilizar ferramentas tecnológicas para cuidar da sua saúde e de seus familiares. Com elas, históricos médicos, horários de medicações e controle de indicadores clínicos podem ser realizados de forma prática.
Além disso, há certos cuidados que podem ajudar no controle da hipertensão. Sabemos que, na maioria dos casos, as causas estão relacionadas aos maus hábitos. Sendo assim, existem alternativas que podem ser adotadas para minimizar a doença. Por isso, veja abaixo uma lista de maneiras que irão colaborar com seu tratamento.
- Aderir a uma dieta balanceada com maior consumo de frutas, verduras e legumes;
- Evitar alimentos fritos e gordurosos, optando por assados e cozidos;
- Abster-se de drogas, bebidas alcoólicas e cigarro;
- Reduzir o consumo de sal e cafeína;
- Fugir de alimentos industrializados, refrigerantes e carboidratos;
- Beber cerca de 2 litros de água por dia;
- Praticar exercícios físicos e atividades, como ioga e meditação;
- Buscar controlar o estresse e a ansiedade;
- Valorizar o descanso e o sono como formas de recuperação do corpo.
Hipertensão: a importância de acompanhar diariamente
A hipertensão é uma batalha diária. Isso porque a pressão pode variar de um dia para o outro devido a vários fatores. Sendo assim, é fundamental acompanhar o desenvolvimento do seu quadro.
Para isso, você pode fazer uso do Zello Saúde, aplicativo de histórico de saúde. Nele, é possível registrar as informações de consultas médicas, medicamentos e valores de pressão. Baixando o aplicativo, você consegue ter acesso a esses dados de forma rápida e organizada para o resto da vida. Teste gratuitamente o Zello Saúde e surpreenda-se com a eficiência!