Prescrição médica: o que é?

A prescrição médica é tão importante quanto realizar uma boa consulta médica, respeitando todas as suas etapas, desde a escuta da anamnese até a solicitação de exames complementares. Por isso, é fundamentar conseguir orientar corretamente o paciente sobre aquilo que ele deve fazer após o atendimento, em sua casa. 

Indicar cuidados, medicamentos, alimentação, adoção de determinados hábitos ou comportamentos é muito importante para que o paciente consiga compreender o que é necessário fazer para dar continuidade à atenção que recebeu do médico no consultório ou no pronto-atendimento. 

Existem vários tipos de prescrição médica, mas, de uma forma geral, todos devem ser bem elaborados, de acordo com o diagnóstico ou a suspeita médica. Também precisam ser compreendidos com clareza pelo paciente, para que seja possível dar continuidade ao tratamento.

O que é prescrição médica?

A prescrição médica é um documento que reúne todas as orientações médicas para o paciente. A partir dela, a pessoa deve saber o que pode fazer ou não, quais remédios e dosagens precisa tomar, se deve fazer repouso, entre outras orientações que possam contribuir para a boa evolução do quadro. 

Além disso, a prescrição deve servir para que o paciente entenda o que está acontecendo e porque ele precisa seguir aquelas recomendações. Apenas sugerir medidas não é o bastante. Também é preciso fazer com que o paciente compreenda o porquê de cada orientação, pois só assim ele verá sentido nas prescrições e poderá segui-las com atenção. 

Dessa forma, a prescrição médica pode ser compreendida como uma espécie de manual para o paciente. Além disso, ela também pode servir para a orientação de toda a equipe médica que for cuidar daquele paciente no futuro, em caso de internação, por exemplo. 

Tipos de prescrição médica

Apesar de ter sempre o mesmo propósito, que é passar ao paciente as orientações necessárias para que o tratamento seja feito da maneira correta e para que a recuperação seja mais rápida, existe mais de um tipo de prescrição médica. Cada uma delas é útil em determinada situação. Entre as prescrições reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), estão:

1. Receita simples:  utilizada para receitar remédios como analgésicos e de tarja vermelha. Esse modelo, normalmente, é feito em papel branco e em apenas uma via. A receita simples faz a prescrição de medicamentos que podem ser comprados sem receituário. 
2. Receita de controle especial: utilizada para prescrever remédios que necessitam de uma administração mais controlada, como os antibióticos, antidepressivos, imunossupressores e antirretrovirais. Essa receita tem validade de 30 dias. 
3. Receita B: também chamada de receita azul por conta da cor de seu papel, é utilizada quando o médico receita medicamentos psicotrópicos, que são aqueles capazes de mexer com o humor e o comportamento. Essa receita também tem validade de 30 dias. 
4. Receita A: também por conta do papel em que é impressa, pode ser chamada de receita amarela. Ela é utilizada para a prescrição de entorpecentes e psicotrópicos. A validade desse receituário também é de 30 dias e ele prescreve apenas uma substância por vez. 
5. Receita renovável: é utilizada, principalmente, para pacientes com doenças crônicas, para evitar a necessidade de eles sempre precisarem de uma nova receita. É o tipo de receituário usado, por exemplo, por pacientes com diabetes ou pressão alta. 

Modelos de prescrição

Além dos diferentes tipos de receitas médicas, também existem formas distintas de emitir os documentos de prescrição médica. Isso varia muito de acordo com o perfil do médico e sua habilidade para trabalhar com ferramentas tecnológicas, como computadores, softwares e impressoras. Veja: 

• Receita preenchida à mão: é a mais tradicional e mais simples. O médico escreve, à mão, suas orientações e prescrição. O custo-benefício desse tipo de receita é, certamente, o melhor. Apesar disso, muitas vezes o paciente encontra dificuldade para compreender a caligrafia, dificultando que as orientações sejam seguidas como deveriam.
• Receita impressa: principalmente para medicamentos padrões, que são frequentemente receitados, o médico pode possuir um modelo de receita salva, onde ele só muda alguns dados e imprime o documento para o paciente. Esse modelo, apesar de demandar um custo maior com a impressora, facilita o entendimento, já que não há a possibilidade do paciente não compreender o que está escrito.
• Receita digital: é o modelo mais tecnológico de prescrição médica. Ela é utilizada totalmente online, onde o paciente acessa o documento através da internet. Essa receita terá todos os dados presentes nas demais, como carimbo e assinatura médica, mas tudo de forma digitalizada. 

Como fazer uma prescrição?

Em uma receita médica, existem algumas informações que não podem faltar. Para preencher corretamente uma prescrição, é preciso se atentar aos dados essenciais do paciente, à correta identificação do médico que está fazendo a prescrição, entre outros detalhes, como: 

• Dados de identificação: incluem todas as informações necessárias sobre o paciente, para que seja possível identificá-lo, principalmente na farmácia, no momento da compra dos medicamentos. Os dados essenciais são nome completo, informações sobre o setor de atendimento e data do atendimento. 
• Orientações de sequência: essas informações são, de fato, as prescrições que o médico orienta que o paciente siga, como, por exemplo, repouso, alimentação especial, medicamentos, com dosagens e horários, e outras atitudes que possam beneficiar o tratamento. 
• Assinatura e carimbo do médico: é importante sempre lembrar de colocar a data e assinar a receita. Sem isso, o documento não tem validade. É fundamental entender que a prescrição faz parte do atendimento, é uma sequência da consulta. Por isso, antes de assinar, é importante avaliar se aquelas orientações estão claras e de acordo com o diagnóstico do paciente. 

A importância da prescrição médica

Como o próprio nome sugere, a prescrição médica é um conjunto de informações sobre as orientações que um médico dá ao seu paciente. O que o médico prescreve é sempre essencial para o bom desenvolvimento do tratamento, por isso é importante que a prescrição seja bem compreendida. 

O paciente só se sentirá motivado a manter o tratamento se a relação e comunicação com o profissional de saúde forem claras. Por isso, a prescrição tem a função de levar as indicações médicas de forma bem didática ao paciente, impulsionando a adesão ao tratamento proposto.

Aproveite para fazer o teste gratuito do app Zello Saúde, ideal para armazenar informações sobre pacientes: