O PCR é um exame que ficou bastante conhecido durante a pandemia da Covid-19. Ele é considerado uma forma eficiente de diagnóstico e é caracterizado como um teste molecular, realizado a partir de amostras colhidas a partir de secreções respiratórias. Prossiga a leitura do artigo para saber tudo sobre o assunto!
O que é o exame PCR?
O exame PCR, de Proteína C Reativa, é usado para identificar a presença da Covid-19 no organismo. Dessa forma, consegue detectar o material genético do vírus (RNA) em uma amostra do paciente. Assim, é o mais indicado para pessoas que estão com algum sintoma da doença ou que tiveram contato recente com alguém que testou positivo.
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O PCR é feito da seguinte maneira: a partir do uso da enzima transcriptase, ele transforma o RNA do vírus em DNA. Com isso, é possível observar no DNA as informações e detectar a produção de proteínas. Quando esse DNA é ampliado, com fitas de DNA simples, pode-se identificar se há sinais de vírus na amostra.
Nesse sentido, o PCR pode ser feito a partir da coleta profunda de material na parte posterior do nariz, utilizando um cotonete longo. Pode também ser obtido pela saliva, mas esse segundo tipo é menos sensível à detecção. Por isso, o primeiro método é o mais frequente.
Se o resultado do exame for positivo, este é um indício de que há coronavírus no organismo do indivíduo. É bom lembrar, de todo modo, que o PCR é mais preciso em pacientes que estão na fase aguda da doença e que ele é usado para apontar evidências da presença do vírus.
Qual o nível de confiabilidade do exame PCR?
De acordo com o portal da Fiocruz, os níveis de confiabilidade do PCR variam de acordo com o período em que o indivíduo faz o exame. Dessa maneira, nota-se que o ideal é que o teste seja feito até o sétimo dia após o início dos sintomas de Covid-19, já que, durante a fase de incubação viral, esse teste possui menos sensibilidade.
Após o começo de sintomas, no entanto, vemos que a variação cai bastante. No primeiro dia, a chance de falso negativo é de 38%, enquanto no terceiro é de apenas 20%. Portanto, é essencial que, durante esse período todo, a pessoa permaneça isolada aguardando o melhor momento de fazer o exame e ter o prazo para o resultado.
É importante notar ainda que a sensibilidade de um teste molecular como o PCR é maior do que a de testes sorológicos. No primeiro, afinal, a sensibilidade é alta e também conta com uma especificidade analítica desenvolvida, chegando a quase 100% de eficiência. Já nos outros tipos de testes, esse índice fica entre 90 e 98%.
Qual é a época ideal para fazer o exame PCR?
De acordo com o portal informativo do Governo de Minas Gerais sobre COVID-19, a época ideal para se fazer o exame de PCR é entre o terceiro e o quarto dia após a doença manifestar sintomas, ou depois de ter contato com alguém que testou positivo. É possível, no entanto, fazer o exame entre o primeiro e décimo dia.
Além da possibilidade de o PCR apresentar falsos negativos quando é feito fora do período mais recomendado, ele conta com outra limitação: não indica se a pessoa já teve contato com o vírus anteriormente, mas apenas se a infecção está ativa.
Qual é o valor de referência do exame PCR?
O valor de referência do PCR é de até 3,0 mg/L ou 0,3 mg/dL. Dessa maneira, valores acima de 3,0 mg/L e até 10,0 mg/L indicam inflamações ou infecções leves, enquanto índices entre 10,0 mg/L e 40,0 mg/L apresentam infecções mais graves.
Um PCR com mais de 40,0 mg/L pode, por exemplo, indicar uma infecção bacteriana. Já com mais de 200 mg/L, é uma situação que se agrava, pois pode indicar a septicemia e, portanto, um grande risco para o indivíduo, podendo levá-lo a óbito por falhas nos órgãos.
Quando o PCR está alterado, é sempre fundamental procurar um médico. Esse exame, afinal, ao detectar doenças importantes, também faz com que elas possam ser tratadas da forma e na hora correta. A orientação médica é essencial nesses casos.
PCR para além da Covid-19
É interessante saber que o PCR é um exame de alta funcionalidade e pode ser utilizado para investigar outras doenças, e não apenas o coronavírus. O PCR pode detectar, por exemplo, processos infecciosos de vírus, fungos ou, até mesmo, bactérias no organismo do indivíduo.
Além disso, pode detectar traumatismos e doenças reumáticas ou cancerígenas, inclusive em indivíduos sem sintomas. Pode ajudar também nos diagnósticos de apendicite, lúpus, pancreatite, tuberculose e de artrite reumatoide. O exame ainda é capaz de avaliar as possibilidades de o indivíduo desenvolver doenças cardíacas.
Como fazer o diagnóstico de PCR alterado?
Como já dissemos antes, uma alteração do PCR não aponta exatamente qual inflamação ou infecção a pessoa possui. Um aumento nos seus valores, no entanto, indica com certeza que o corpo está combatendo algum agente agressor – seja uma gripe, uma catapora, uma infecção respiratória ou mesmo uma septicemia.
Para detectar exatamente o tipo de infecção que o paciente tem, a alteração no PCR só pode ser corretamente interpretada se forem levados em conta outros dados, como a observação direta do médico. Dessa forma, sempre que necessário, uma outra gama de exames complementares pode ser requisitada.
Como saber se o teste PCR deu falso-negativo ou falso-positivo?
Um teste com falso-negativo pode ser reconhecido, em geral, quando o paciente fez o exame ainda em um estágio muito inicial da infecção, mas continua apresentando sintomas depois. Também costuma ser visto quando a pessoa teve um claro contato com alguém infectado, mas ainda está se mostrando assintomática.
Para obter um diagnóstico mais preciso, nesses casos, é muito importante indicar que o paciente faça o exame mais de uma vez em períodos diferentes. Em ambos os casos, de qualquer maneira, é fundamental recomendar também o isolamento, de modo a prevenir que a doença seja espalhada para outras pessoas.
Já o falso-positivo é muito menos comum, embora possa acontecer devido à contaminação da amostra no laboratório ou ao erro no processo de análise. Dessa maneira, é sempre recomendável aprofundar o diagnóstico, já que nesses casos, após o isolamento, a pessoa pode acreditar equivocadamente que adquiriu imunidade.
Em todos os casos, fica clara a importância de armazenar os exames e realizar comparações para evitar o avanço de doenças. Para fazer isso da maneira mais efetiva possível, conheça o Zello Saúde. O app garante que você tenha todos os exames em mãos e em um só lugar. Faça o download gratuito aqui: