Você já parou para pensar no que implica ter saúde mental? Mais do que a ausência de distúrbios e transtornos psicológicos e mentais, o conceito de saúde mental significa estar em pleno equilíbrio emocional e preparado para lidar com todas as situações da vida, seja nas adversidades ou nas alegrias.
Infelizmente, vários estudos científicos realizados nos últimos anos apontam para o estabelecimento de uma crise de saúde mental no mundo. Uma publicação da tradicional revista médica The Lancet, por exemplo, indicou que estamos vivendo uma epidemia sem precedentes de transtornos mentais.
De acordo com os pesquisadores, a saúde mental precisa ser compreendida como um bem público. Mas, para que isso aconteça, é imprescindível que os países integrem serviços voltados ao tratamento de transtornos mentais na assistência primária à saúde.
O que é saúde mental de acordo com a OMS?
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde mental é “um estado de bem-estar, no qual o indivíduo é capaz de trabalhar, apreciar a vida, usar suas habilidades para contribuir com o meio onde vive, administrar suas próprias emoções e recuperar-se do estresse que faz parte da rotina”.
Ainda segundo a OMS, o conceito de saúde mental tem sido considerado estratégico para o alcance das metas de desenvolvimento dos países. Isso porque, na atualidade, a depressão, por exemplo, já é uma das maiores causas de incapacidade entre jovens e pessoas em idade profissional.
Sendo assim, é necessário falar sobre saúde mental e conscientizar a população que ela é indispensável entre os pilares de uma vida plena e saudável. No Brasil, a atenção à saúde mental é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).
Saúde mental na escola: a preocupação com as crianças
A incidência de transtornos mentais na infância e na adolescência pode trazer inúmeros prejuízos à vida escolar e social. Um estudo chamado “São Paulo Megacity Mental Health Study” indicou que os transtornos de ansiedade começam mais cedo, por volta dos 13 anos de idade.
Essa realidade traz desafios tanto para as famílias quanto para os educadores. Em tempos de pandemia, com grande parte dos estudantes inseridos no ensino remoto, passando mais tempo em frente às telas e com menos atividades externas, as crianças e adolescentes têm apresentado mais quadros de irritabilidade, ansiedade e oscilações de humor.
Neste contexto, é essencial que os pais estejam mais presentes na vida de seus filhos e mantenham um contato próximo com as escolas e professores para saber como é possível contribuir para preservar a saúde mental dos estudantes. O ambiente escolar é muito importante neste sentido, pois é capaz de oferecer atividades lúdicas e de integração que tirem os jovens do isolamento, mesmo que por meio das plataformas digitais.
O que prejudica a saúde mental?
Na vida moderna da sociedade, vários hábitos tendem a prejudicar a saúde mental. O acesso frequente a um grande volume de informações através das redes sociais e da internet é uma das coisas que mais prejudicam o bem-estar emocional e social das pessoas.
Além disso, outros comportamentos também são bastante nocivos à saúde mental, como:
- Procrastinar e deixar os objetivos de vida e sonhos em segundo plano;
- Vivenciar relacionamentos tóxicos;
- Não cuidar da alimentação;
- Ser sedentário;
- Não cuidar da qualidade do sono;
- Entre outros.
Como saber se estou com problemas de saúde mental?
Alguns sinais são bem típicos dos transtornos mentais e podem ser percebidos no dia a dia. Os principais problemas de saúde emocional diagnosticados na população atualmente são: depressão, ansiedade e fobias.
E, apesar de o diagnóstico dessas condições só poder ser confirmado por um psiquiatra, alguns comportamentos são indicativos de que algo pode estar errado. Confira abaixo:
- Desenvolver um quadro de insônia;
- Se sentir constantemente tenso e preocupado;
- Ter mudanças repentinas de humor;
- Preferir ficar isolado e longe do convívio social;
- Ter muitos esquecimentos;
- Apresentar crises de estresse;
- Dificuldade de raciocínio;
- Entre outros.
Como a saúde mental impacta na saúde física?
Cuidar da saúde mental é tão importante quanto preservar a saúde física. Nesse sentido, nosso corpo funciona de forma integrada e, por isso, a saúde mental e a saúde física são interdependentes.
Isso significa que nossas emoções interferem em importantes processos do nosso organismo e podem agravar o risco de desenvolvimento de doenças. Exemplos disso são problemas digestivos, inflamações, gastrites, dores estomacais e outras.
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Como cuidar da minha saúde mental?
O primeiro passo para cuidar da saúde mental é desacelerar a mente e ter momentos de lazer, descontração e cuidados pessoais. Sendo assim, cuide da sua alimentação, faça exercícios físicos diariamente, tenha boas noites de sono, se abra para a terapia e priorize na sua rotina as pessoas e hábitos que fazem bem.
Confira, abaixo, algumas alternativas para cuidar da saúde mental:
Consultas com psicólogo
Muitos brasileiros ainda têm certa resistência em procurar as consultas com psicólogo, mas os especialistas são unânimes ao afirmar que todas as pessoas deveriam fazer terapia. O acompanhamento psicológico melhora aspectos emocionais e comportamentais, além de contribuir para uma vida mais leve, com autoconhecimento e plenitude.
Há diversas vertentes dentro da psicologia, e uma das principais é a psicanálise. De acordo com a Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa, o papel do psicanalista é “observar e analisar os processos mentais inconscientes de um indivíduo, ajudando-o a lidar melhor com seus conflitos internos”. Através da análise, as pessoas alcançam mais equilíbrio e clareza.
Consultas com psiquiatra
As consultas com psiquiatra devem ser buscadas quando uma pessoa percebe que algo não está certo com sua saúde mental. Apesar de todo o tabu que ainda existe em torno da busca por ajuda especializada em saúde mental, a consulta com o psiquiatra é como qualquer outro atendimento médico.
No encontro, o profissional traça o histórico de saúde do paciente, registrando casos anteriores de depressão, sintomas físicos e emocionais e informações familiares. Com esses dados em mãos, o psiquiatra consegue dar início ao diagnóstico, para, posteriormente, indicar um tratamento.
Rede de atenção psicossocial
No Brasil, a Rede de Atenção Psicossocial faz parte do Plano Nacional de Saúde Mental, com a oferta de serviços e equipamentos de atenção aos problemas mentais. Essa rede é formada por unidades de acolhimento, centros de atenção psicossocial, hospitais, centros de convivência e serviços terapêuticos, e está presente em praticamente todos os municípios do país.
Atividades física
A prática de atividade física é fundamental para a manutenção da saúde mental. Dessa forma, vários estudos sugerem que pessoas que têm o hábito de praticar exercícios e esportes diariamente reduzem de forma significativa o risco de depressão e de doenças degenerativas.
A atividade física combate a ansiedade, promove relaxamento e garante mais equilíbrio entre mente e corpo. Além disso, esse hábito também melhora a autoestima e a imunidade e reduz a irritabilidade e o mau humor, já que estimula a produção de hormônios do bem-estar e do prazer, como serotonina e dopamina.
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Terapias alternativas
Como complemento à prática diária de atividades físicas, você também pode apostar em terapias alternativas que melhoram a qualidade de vida ao proporcionar relaxamento e alívio do estresse. Exemplos são a meditação, o yoga, a acupuntura, as massagens, a aromaterapia, entre outras técnicas.
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