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Entenda os impactos da saúde coletiva no seu cotidiano

A saúde coletiva é uma medida fundamental para manter o bom funcionamento da sociedade, garantindo o bem-estar dos cidadãos e cidadãs. Especialmente em tempos de pandemia do novo coronavírus, os investimentos na saúde coletiva têm-se mostrado ainda mais urgentes.

Por isso, siga com a leitura deste conteúdo para entender o que é saúde coletiva, qual a sua importância e muito mais.

O que é saúde coletiva?

A saúde coletiva é uma área de conhecimento multidisciplinar ligada às ciências biomédicas e sociais. Ela atua, por exemplo, investigando quais são os determinantes sociais da produção das doenças, inclusive para que seja possível organizar melhor os serviços públicos de saúde. 

Sendo assim, essa área estuda como a distribuição da população afeta a transmissão de doenças e ainda desenvolve estratégias para a promoção da saúde de todos os cidadãos. Nesse sentido, atua tornando claros os indicadores de saúde para que seja mais fácil desenvolver planejamentos técnicos de prevenção e contenção de doenças.

A área da saúde coletiva ganhou força no país a partir do início dos anos 70, com o movimento da Reforma Sanitária que teve pontos culminantes em fins dos anos 80. Antes disso, grande parte da população brasileira ainda não tinha acesso aos serviços públicos de saúde e tanto a proliferação quanto os danos das doenças eram altíssimos. 

Foi a partir de movimentos como esse, das reivindicações dos médicos e pesquisadores e também das pressões políticas vindas da própria população que foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS) do país. Nesse sentido, ele foi oficializado pela Constituição de 1988 e, enfim, universalizou o acesso aos cuidados médicos para todo o povo brasileiro.

Qual é a importância da saúde coletiva?

A importância da saúde coletiva se dá principalmente pelo impacto qualificado que ela pode ter na definição das políticas públicas. No Brasil, por exemplo, esse impacto é muito nítido, já que, de acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde, mais de 150 milhões de brasileiros dependem atualmente do SUS.

Nesse contexto, os profissionais da saúde coletiva atuam não só pesquisando academicamente sobre esses assuntos. Mas, também, gerenciando unidades de serviços de saúde, fornecendo pareceres sobre o funcionamento das mesmas ou ainda elaborando políticas junto ao Ministério de Saúde e às Secretarias ligadas ao órgão. 

Dessa forma, abrangendo especializações importantes como epidemiologia, gestão e análise dos serviços de saúde, a saúde coletiva atua decisivamente no sentido da promoção da Covid-19, por exemplo, tem se tornado ainda mais clara a importância crucial dessa área. 

Leia também: Guia completo sobre a vacinação contra Covid-19

Sem pesquisa de qualidade e uma divulgação abrangente de seus resultados através dos canais oficiais, a população poderia, inclusive, ficar refém de notícias falsas e recomendações desencontradas e danosas. Sendo assim, a saúde coletiva é uma área estratégica para todos nós. 

Qual a diferença entre saúde individual e saúde coletiva?

A saúde individual diz respeito a cada pessoa, tendo relação direta com fatores genéticos, etários e de bem-estar físico e emocional de cada um de nós. A saúde coletiva, no entanto, leva em conta dados quantitativos mais complexos e objetivos a respeito da população em geral, de suas demandas e problemas. 

Esses conceitos estão profundamente relacionados: se a saúde coletiva não for bem estudada ou se não for levada em conta na definição das políticas públicas para a área, isso acaba afetando a saúde individual de milhares de pessoas. Por outro lado, há cuidados individuais que também afetam a saúde de todos.

Um grande exemplo da relação estreita entre esses conceitos é exatamente o que podemos ver no combate à Covid-19: sem uma grande atuação de profissionais da saúde coletiva, as políticas públicas perdem precisão e efetividade. Por outro lado, é certo que essas políticas demandam um nível de participação individual de todos.

O enfrentamento de pandemias, como temos visto, não pode ser feito apenas com base na recomendação de medidas individuais. O uso de máscaras especiais por todos, por exemplo, depende claramente de ações para controle de qualidade e distribuição. E a abrangência da vacinação também é fundamental nestes casos. 

Qual a relação entre saúde pública e saúde coletiva?

Confundir esses dois termos é muito normal, já que ambos se afastam do foco mais usual sobre a saúde de um só indivíduo e remetem à população como um todo, com o potencial de impactar a própria vida pública. Há, no entanto, diferenças importantes.

De acordo com um artigo de divulgação científica de pesquisadores da UFF, “a saúde pública se refere às ações em larga escala de diagnóstico e tratamento de doenças, garantindo que a população possa alcançar certa qualidade de vida. A saúde coletiva, por sua vez, se refere ao campo de estudos capaz de propor intervenções”.

Considerando essa diferença básica, é possível observar ainda que o artigo indicado afirma que as mudanças na saúde pública tendem a ser mais localizadas e graduais. Enquanto isso, na saúde coletiva, podem ser mais rápidas, radicais e combativas.   

Em outras palavras, com uma metodologia rigorosa e resultados comprovados, as pesquisas em saúde coletiva podem mudar bruscamente o que sabemos. Já as mudanças na saúde pública sempre dependem de mais verbas, negociações e envolvimento dos gestores públicos. 

Como posso contribuir para a saúde coletiva da minha cidade?

Apesar de toda a ligação da área da saúde pública com as políticas públicas que sempre dependem de gestores com mais poder nas mãos do que os simples indivíduos, é verdade que cada um de nós pode e deve fazer a sua parte em prol do bem comum.

Estar sempre atentos às recomendações oficiais dos órgãos e centros de pesquisa que se dedicam ao estudo da saúde coletiva, por exemplo, é um cuidado importante. Em casos de ameaças graves à saúde pública, essa atenção pode fazer toda a diferença.

Nos momentos de disseminação de doenças que afetam populações inteiras, temos visto muitas vezes que algumas medidas aparentemente singelas (como higienizar as mãos, tossir ou espirrar no braço e respeitar recomendações de isolamento social) podem significar a diferença entre a vida e a morte de milhares ou milhões de cidadãos. 

Para fazer a sua parte e, assim, contribuir para a coletividade e para a saúde de quem está à sua volta, fique sempre atento aos sinais do seu corpo e ao seu histórico de exames médicos. Além disso, siga as recomendações da Organização Mundial da Saúde e dos órgãos sérios e comprometidos com a ciência. 

Para unificar e acessar suas informações de saúde com facilidade, use o aplicativo Zello. Faça o teste grátis do app aqui:

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